Alan turing
David Leavitt
Editora Novo Conceito
224 páginas
O nome do matemático britânico Alan Turing (1912-1954) está geralmente associado ao teste que leva o seu nome, que consiste numa forma original de responder uma pergunta que estava em voga desde a criação dos computadores: as máquinas podem pensar?
Turing estabeleceu o seguinte paradigma: uma pessoa ficava numa sala no controle de um teclado e de uma impressora ligada a um outro equipamento idêntico operado por outro ser humano e também conectado ao computador em teste. Cabia ao primeiro homem fazer perguntas aleatórias ao outro homem ou à máquina. Se ele não conseguisse perceber diferenças nas respostas, a máquina podia ser considerada inteligente.
"O Homem que Sabia Demais: Alan Turing e a Invenção do Computador", de David Leavitt, conta exatamente a vida e a trajetória de Turing. Narra como ele, filho de um oficial britânico, divertia-se, ainda jovem, desenhando bicicletas anfíbias.
Turing começou a estudar a Teoria da Relatividade de Einstein em 1928 e buscava formas de resolver problemas com a mecânica quântica. Recebeu, em 1936, o conceituado Smith's Prize ao realizar um importante trabalho sobre a Teoria das Probabilidades.
Dedicou-se, em seguida, à computação, com o objetivo de pesquisar efetivamente o que ela poderia fazer e até onde poderia chegar. Criou, assim, uma máquina conhecida como Turing Universal Machine, que, a partir de instruções apropriadas, possibilitava calcular qualquer número e função matemática.
Sua fama maior, porém, veio com a Segunda Guerra Mundial. Quando ela começou, em 1939, Turing foi trabalhar no Departamento de Comunicações da Grã-Bretanha, em Buckinghamshire. O intuito era quebrar o código das comunicações alemãs, produzido por um computador chamado Enigma.
Constantemente trocado, ele obrigava os Aliados a continuamente tentar decifrá-lo, numa corrida insana contra o relógio. Turing e uma