Alagoas
Os três polos de colonização das Alagoas
Foram três os polos de colonização no extremo sul do antigo Pernambuco: o de Penedo (1570), o de Porto Calvo (1590) e o de Santa Luzia do Norte (1608)- Alagoas (1611). Compreendendo as peculiaridades de cada um desses polos, fica mais fácil perceber as razões que levaram a administração colonial a cria-los. Cada um está situado em espaços físicos diferentes.
Penedo é um polo de colonização com características próprias: erguido em terreno fluvial que dava acesso, pela grandeza do rio São Francisco, a toda a savana sertaneja povoada de grupos indígenas de etnias tapuias. Savana esta muito propícia ao pastoreio. O rio São Francisco e seus afluentes tinham a função de serem as estradas hídricas de penetração, inicialmente das bandeiras, e depois, no decurso dos séculos, dos colonos povoadores. Os rios eram, além de estradas líquidas, os celeiros onde os primeiros colonos se abasteciam, e em cujas margens plantavam. Os arredores do Penedo, quer no lado sergipano, quer no lado alagoano, se constituíram logo cedo em campos de pastagens naturais para a criação bovina e cavalar. E esta imensa área de pastoreio logo se especializou: no lado sergipano-baiano implantou-se o pastoreio de cavalos e muares, e no lado alagoano-pernambucano o pastoreio bovino, caprino e carneirum. A economia de pastoreio são-franciscana nasceu ali ou pelo menos se consolidou. E do polo penedense se expandiu sob forma de fazendas e currais de gago, sendo a atividade nos amplos campos de sertão a dos vaqueiros-pastores e vaqueiros-proprietários, e por serem atividades de custo mínimos aproximaram o estilo de vida dos vaqueiros-pastores e vaqueiros-proprietários,