Ajuste fiscal e a carga tribut ria
A carga tributária brasileira deve subir em 0,8 ponto porcentual do PIB neste ano por conta do ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Isso significa que os brasileiros devem pagar R$ 47,5 bilhões a mais em impostos e contribuições se todas as medidas propostas forem colocadas em prática. Os cálculos são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). Segundo o instituto, todas as medidas anunciadas pela equipe econômica representam um adicional de R$ 39,8 bilhões à carga tributária. Outros R$ 7,7 bilhões devem vir de Estados e municípios, que também reajustaram os seus impostos, como IPTU e IPVA. Com isso, a alta de impostos em 2015 seria o dobro da registrada em 2014, e a carga tributária fecharia o ano em 36,22% do PIB. O instituto calcula que, até o final do atual governo, serão pagos R$ 100 bilhões a mais em tributos.
Entendendo o ajuste fiscal:
No ano passado, o governo gastou bem mais do que arrecadou. Fechou no vermelho, criando o maior rombo nas contas públicas da história. Não sobrou dinheiro nem para pagar os juros da sua dívida – o chamado superávit primário – uma segurança de que o país não dará calote. Os gastos do governo em 2014 subiram mais que o triplo das receitas – todo o dinheiro arrecadado com impostos e outras fontes. Pela primeira vez desde 2009, houve queda na arrecadação total de impostos. Na tentativa de tirar as contas do negativo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está conduzindo um ajuste fiscal que vai afetar diretamente os brasileiros. Para tentar salvar as finanças em 2015, a presidente Dilma Rousseff convocou uma nova equipe econômica. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu arrumar as contas públicas até o fim do ano. Criou a ambiciosa meta de um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público – estados, municípios e estatais. Ele avisou que seriam necessários sacrifícios. O ajuste