Aikido e sua influência na violência urbana
409 palavras
2 páginas
As artes marciais, em geral, têm como um de seus fundamentos a não violência. Entre elas, a que talvez represente melhor essa questão é o Aikido, pois sua prática está primeiramente relacionada à energia, e não a contatos físicos diretos, como socos e chutes. O Aikido, fundado por Morihei Ueshiba no final da primeira metade do século XX, tem como princípio a não agressão, tanto que suas técnicas são usadas para defesa, e não para o ataque. Prega-se que seus golpes devem ser usados somente em casos de emergência e puramente pessoal, não sendo usado em hipótese alguma para começar ou separar brigas. Um dos ensinamentos do Aikdio, assim como da maioria das artes marciais, é evitar conflitos, evitar situações que tragam riscos físicos, sempre passando por caminhos menos perigosos ou conversando com a pessoa que quer começar uma agressão física. A partir do momento que essa agressão se concretiza, o praticante de Aikido está no seu direito de se defender. Mas essa defesa tem suas regras. Nos treinos, a principal delas é cuidar do seu adversário, pois ele doa seu corpo para que você possa treinar. Isso o praticante deve tentar levar às situações de conflito, procurando não prejudicar o corpo do agressor. Se o aikidoca souber aplicar bem seus conhecimentos da arte marcial, o agressor, reagindo, machucará a si mesmo. Isso está relacionado com a energia. No Aikido, a energia liberada pelo agressor, por meio de socos ou chutes, é retornada por meio de movimentos circulares e contato físico constante — principais bases para a circulação de energia do corpo do agressor para o corpo do aikidoca, e deste de volta para o agressor —, como segurar braços e pernas. Unindo-os às chaves de braço, punho e pé — componentes fundamentais para a permanência do contato físico e para a mobilização — tem-se técnicas infalíveis. Isso não deve ser utilizado para machucar o oponente, apenas para retornar sua energia negativa, para se defender sem agredir. O aikidoca que não respeitar os