AIDS NO BRASIL
Segundo estimativas realizadas pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais aproximadamente 718 mil pessoas vivem com HIV/AIDS no Brasil.
Na população jovem, a taxa de prevalência da infecção pelo HIV apresenta tendência de aumento. Considerando as pesquisas realizadas em Conscritos do Exército Brasileiro, de 17 a 21 anos de idade, a prevalência de infecção pelo HIV passou de 0,09% em 2002 para 0,12% em 2007, sendo que o aumento mais significativo ocorreu na população de HSH (homens que fazem sexo com homens) jovens, cuja prevalência subiu de 0,56% em 2002 para 1,2% em 2007.
Com relação aos grupos populacionais com mais de 18 anos em situação de maior vulnerabilidade, estudos realizados em 10 municípios brasileiros entre 2008 e 2009 estimaram taxas de prevalência de HIV de 5,9% entre UD (usuários de drogas)2, de 10,5% entre HSH3 e de 4,9% entre PS (mulheres profissionais do sexo).
Com base nesses resultados, verifica-se que a epidemia do HIV no Brasil está concentrada em populações em situação de maior risco e vulnerabilidade, pois estas apresentam maiores prevalências de infecção pelo HIV quando comparadas à população geral.
No período de 2000 a junho de 2013, 72,5% dos casos de AIDS no Brasil foram notificados no Sinan, sendo 20,7% deles registrados no Siscel (dados validados pelo Siclom) e 6,8% declarados no SIM. Em 2012, 64,8% dos casos de AIDS correspondentes a esse ano foram notificados no Sinan, apresentando importantes diferenças entre as regiões brasileiras (55,5% no Norte, 66,0% no Nordeste, 59,9% no Sudeste, 74,0% no Sul e 73,5% no Centro-Oeste. Esses dados evidenciam uma sub-enumeração de casos no Sinan e, portanto, uma necessidade de aprimorar a capacidade da vigilância para a notificação oportuna dos casos de AIDS no sistema de informação preposto.
Considerando os dados acumulados de 1980 a junho de 2013 no Brasil, foram notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom um total de 686.478 casos de AIDS,