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Da visita da jornalista cubana Yoani Sánchez ao Brasil, a repercussão dos ataques que sofreu e a situação de Cuba
Yoani Sánchez é uma jornalista cubana dissidente que alcançou fama internacional e numerosos prêmios por seus artigos e suas críticas da situação social em Cuba sob o governo de Fidel Castro e de seu sucessor, Raúl Castro.
Defende o fim do embargo econômico dos Estados Unidos sobre seu país e se disse contrária à presença da Base de Guantánamo em solo cubano e denuncia os limites da reforma migratória para cubanos que vivem dentro e fora do país.
Yoani Sánchez é perseguida em Cuba por confrontar a ditadura dos Castros. Sua arma é um blog, o Generacion Y, conhecido no mundo todo e tem dezenas de milhares de seguidores no exterior, mas poucos em Cuba, onde a Internet é controlada pelo governo.
Recebeu seu passaporte há apenas duas semanas graças a uma reforma de imigração cubana que entrou em vigor neste ano, depois de ter seu pedido para viajar negado mais de 20 vezes nos últimos cinco anos. A autorização do Governo cubano para a sua primeira viagem ao exterior pode ser uma indicação de distensão política em Cuba. Ou, pelo menos, como um sinal de que o governo dirigido por Raul Castro pretende reduzir a repressão aos opositores e à liberdade de expressão.
A blogueira deu início recentemente a uma viajem de três meses pelas Américas e pela Europa, e o Brasil foi a primeira escala da viagem, em fevereiro.
Sua chegada ao país, porém, enfrentou alguns contratempos. Em Recife (PE), ela enfrentou manifestações de uma dezena de simpatizantes do regime castrista. Jovens ligados à partidos de esquerda, como o PCdoB, PCR e PT levaram cartazes onde acusam Yoani de ser agente da CIA e traidora do regime cubano. Já em Feira de Santana, na Bahia, no dia seguinte, onde haveria a exibição do documentário pela primeira vez com a participação de Yoani, outro pequeno grupo de ativistas pró-Cuba, mais violentos, conseguiram cancelar o evento. Depois da intervenção