aguia e galinha
Afastados os focos mais comuns já citados, qualquer parte do organismo pode abrigar a fonte de um processo séptico. Mesmo lesões aparentemente óbvias, como um abscesso cutâneo, podem não ser relatadas pelo paciente e passar desapercebidas num exame superficial.
Focos infecciosos tradicionalmente descritos como responsáveis por sepse de causa desconhecida são a colecistite acalculosa e a sinusite.
A colecistite acalculosa deve ser suspeitada no paciente grave que vem sem se alimentar, apresenta queixas álgicas no quadrante superior direito do abdome e alterações de função hepática. Deve ser investigada, principalmente, com ultrassonografia e pode necessitar de controle cirúrgico.
A sinusite acontece mais freqüentemente em pacientes com sondas nasais (traqueais ou gástricas). Deve-se realizar a aspiração do material para realização de coloração de Gram, culturas para bactérias aeróbias e anaeróbias, e também para fungos, se houver suspeita clínica e tomográfica de sinusopatia, em pacientes sépticos e que estejam apresentando febre e acredita-se que esse seja o foco infeccioso (evidência B-II).
Controle das infecções -Vigilância
A vigilância das infecções hospitalares faz parte dos principais componentes do controle dessa importante complicação do paciente hospitalizado, principalmente em unidades de terapia intensiva.
Programas de vigilância e de controle de infecção hospitalar levam a grande redução das taxas de infecção do trato urinário, do trato respiratório, do sítio cirúrgico e da corrente sangüínea.
Os quatro principais componentes para sucesso da prevenção das infecções hospitalares são: 1) um epidemiologista para 1.000 leitos ocupados; 2) uma enfermeira treinada e especializada no controle de infecção hospitalar para cada 250 leitos; 3) um sistema de vigilância planejado e; 4) uma divulgação das taxas de infecção aos funcionários do hospital (19).
Estudo demonstrando a eficácia da vigilância de infecção hospitalar,