INTRODUÇÃO As leucemias agudas são neoplasias do sistema hematopoético que, apesar da sua rápida evolução, são potencialmente curáveis. A leucemia linfóide aguda (LLA), neoplasia hematológica que determina proliferação, acúmulo e infiltração de células imaturas, caracteriza-se por ser heterogênea, apresentando ampla diversidade de aspectos clínicos e biológicos (ZANICHELLI; COLTURATO; SOBRINHO, 2010). Particularmente, é uma doença de progressão rápida, afetando a linhagem linfóide ou mielóide da medula óssea, ou seja, células que ainda não estão funcionalmente diferenciadas (BARION et al. 2007; ABRALE, 2008). A LLA é uma doença heterogênea, que consiste em vários fenótipos clínicos, morfológicos e imunológicos, apoiada por extrema diversidade genética (YEOH et al. 2002; MRÓZEK; HARPER; APLAN, 2009). Começa com a transformação de uma célula saudável, que se torna doente, por alguma razão ainda desconhecida. Na maioria das vezes, o início da doença é abrupto e os sinais e sintomas aparecem já nas primeiras semanas da instalação da doença. A leucemia não é hereditária nem contagiosa, pois resulta de um dano genético adquirido (não herdado) no DNA de uma única linhagem de células na medula óssea (DAVEY; HUTCHISON, 1999). São doenças mais comuns na infância, faixa etária em que se configuram o principal tipo de neoplasia, e a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) representa cerca de 75% dos casos. Entre os adultos esse percentual é menos representativo, nos quais a Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é mais comum. Os precursores de linhagem de células B também são mais prevalentes em relação aos de células T5 . Laboratorialmente, a diminuição dos leucócitos propicia o aparecimento de infecções, o mesmo efeito no número de hemácias provoca anemia, e a redução da contagem de plaquetas pode ocasionar sangramentos, formando assim a famosa tríade clínica das leucemias agudas. Outras manifestações clínicas da LLA são secundárias à proliferação de blastos, que infiltram