Agua no comercio
> página 3 O Uso Racional da Água no Comércio <
APRESENTAÇÃO
Josef Barat
Presidente do Conselho de Desenvolvimento das Cidades.
É com satisfação que a Fecomercio edita, como resultado de parceria com a SABESP, esta cartilha. O objetivo desta iniciativa é o de superar as discussões provocadas pela necessidade de redução de consumo apenas em períodos de racionamento de água. Na verdade, trata-se de criar um processo duradouro de conscientização e promover campanhas educativas, que contribuam para consolidar atitudes mais proativas da população urbana em favor da sustentabilidade ambiental.
Após mais de duas décadas de indecisões no processo decisório e de indefinições no quadro institucional, foi promulgada a Lei nº 11.445/2007, que estabeleceu diretrizes para o saneamento básico. Esta Lei tornouse um importante instrumento para a tomada de consciência quanto à necessidade de se ver o saneamento como prioritário, para efeito de políticas governamentais e possibilidades de parcerias público/privadas.
É fundamental que, dadas as circunstâncias atuais, o setor se agregue a uma estratégia de estimular os investimentos nas infra-estruturas, para gerar empregos, ampliar mercados, reduzir desequilíbrios sociais e promover aumentos de produtividade.
Como serviço público essencial, as deficiências e carências do saneamento refletem o dramático quadro de distribuição de renda. Ao contrário dos bens de consumo privado, não se pode estabelecer “ilhas” de proteção às classes mais privilegiadas, até porque a disponibilidade do serviço não garante necessariamente sua qualidade do ponto de vista da saúde pública. Assim, o chamado “cordão sanitário” tem seus limites no ambiente urbano, em virtude da veiculação de doenças, da degradação ambiental e, mesmo, da possibilidade de exaustão dos recursos hídricos.
Ficou clara, também, a necessidade de uma abordagem mais integrada dos diversos componentes da questão sanitária