agropecuária no brasil
A modernização agrícola no Brasil é mal distribuída. A agricultura intensiva foi desenvolvida a partir da melhoria da tecnologia pela mecanização, insumos e biotecnologia mas esse desenvolvimento não aconteceu uniformemente pelo território e as consequências à estrutura agrária e a outras áreas da economia e do meio ambiente não foram todas positivas. A mecanização, em geral, causa uma redução na oferta de empregos no setor primário desencadeando uma intensificação do êxodo rural e o encarecimento do custo de vida nas cidades. Em países periféricos, o êxodo resulta também em exclusão econômica e social, já que há falta de especialização da mão de obra vinda do campo. O mesmo processo em países centrais pode desencadear exclusão social mas não necessariamente econômica dado o grau de know-how dos trabalhadores. Insumos agrícolas foram muito incentivados durante a Revolução Verde (principalmente nas décadas de 60 e 70). Suas principais consequências são a superprodução de agrotóxicos nos alimentos e um solo menos produtivo. O teor de agrotóxicos por sua vez é responsável por um aumento no custo da saúde pública além de reduzir a capacidade nutricional dos alimentos. Finalmente, a biotecnologia consegue aumentar a produtividade e a qualidade da agricultura. Ao mesmo tempo, o grande lucro leva agricultores a ampliar as áreas de monocultura em detrimento dos biomas locais. Um bom exemplo desse processo ocorre no sul do país onde a formação de grandes latifúndios produtivos em áreas que antes eram ocupadas por agricultura familiar está mudando a estrutura fundiária. Os fazendeiros que vendem as terras aos latifúndios estão, por sua vez, migrando para o Centro-Oeste e expandindo a fronteira agrícola para a plantação de soja.
Êxodo Rural
Podemos definir êxodo rural como sendo o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades). Ele ocorre quando os habitantes do campo visam obter condições de vida