Agropecuária brasileira
O Brasil, nos últimos quarenta anos, sofreu uma profunda transformação em sua estrutura de produção econômica. As atividades secundárias (indústria) e terciárias (serviços) passaram a representar a base da economia. Entretanto, apesar do grande desenvolvimento urbano-industrial, a agricultura continua a desempenhar importante papel na economia do país.
As atividades relacionadas à agropecuária empregam ainda um número significativo de trabalhadores (cerca de 25% da população ativa).
As atividades agrárias transformaram-se num apêndice da economia urbano-industrial, fornecedoras de insumos (soja, laranja, cana, algodão, etc.) e consumidoras de produtos industriais (adubos, agrotóxicos, máquinas e implementos agrícolas, etc.). Essa integração da agricultura ao setor industrial provocou alterações e modernização da base técnica e capitalização nas atividades agrárias, sobretudo nas praticadas pelas empresas rurais.
As atividades agropecuárias desempenham outra importante função na economia brasileira: a de geradora de divisas. Através da exportação de produtos agrícolas e agroindustriais, o setor primário contribuiu para o Brasil alcançar saldos positivos na balança comercial nos últimos anos.
Além de um grande crescimento nas exportações agrícolas, ocorreu uma grande diversificação de produtos (soja, suco de laranja, fumo, carne, café, cacau, algodão, etc.).
Por outro lado, o setor agropecuário destinado à produção de alimentos para o mercado interno não tem acompanhado o ritmo de crescimento do setor agrário-exportador. O cultivo de alimentos básicos é feito, sobretudo, por camponeses familiares e pequenos produtores que continuam a empregar técnicas rudimentares com baixa produtividade e baixos lucros, provocando falta de capital para a aquisição de tecnologia. Como consequência, a produção per capita de alimentos para o mercado interno (arroz, feijão, mandioca) retrocedeu acentuadamente.
A Estrutura