Agronomia
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ESPÉCIES MEDICINAIS DO
CERRADO
Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque1, Maria de Fátima Barbosa Coelho2 e
Joana Maria Ferreira Albrecth3
1
FAMEV/UFMT. Av. Fernando Correa s/nº, Cuiabá-MT, 78060-900,
mcfa@cpd.ufmt.br.
2
FAMEV/UFMT. coelhomf@terra.com.br.
3
FENF/UFMT. kjtcm@terra.com.br.
Introdução
O cerrado é um dos Biomas brasileiros mais seriamente segundo Ratter et al. (1997) durante os últimos 25 anos, vasta área do cerrado, representando 40% de sua extensão original foi convertida ao uso da agricultura moderna por intermédio das pastagens com espécies exóticas, ou arada para o cultivo de espécies anuais (soja, milho etc.). Em Mato Grosso
esta região
representa um patrimônio cultural e biológico relacionado com as espécies medicinais nativas que precisa ser conservado. Estas espécies são conhecidas e utilizadas por diversas pessoas das comunidades tradicionais, as quais possuem o conhecimento sobre o seu uso e preparo. Os estudos etnobotânicos de Jorge
(1980), Souza (1982), Arruda (1983), Berg (1984), Miranda (1986), Guarim Neto
(1987) e Assunção et al. (1993) confirmam o uso de 100 esp
Algumas
destas
espécies
foram
submetidas
à
avaliação
fitoquímica
e
-se seu valor medicinal (Martins et al., 1992; Oliveira e
Martins, 1992; Ramos e Martins, 1992; Sampaio e Martins, 1992; Castro et al.,
1994a, 1994b; Lima e Martins, 1994; Oliveira et al., 1994).
Com a expansão da fronteira agrícola, muitas espécies vegetais de uso medicinal e, em decorrência, também o conhecimento a elas associado, vêm desaparecendo. Segundo Fachim e Guarim (1995) o velame (Macrosiphonia velame M. ARG.), verga teso (Anemopaegma arvense (Vell.) Stelf.), barbatimão
2
(Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville) e mangava brava (Lafoensia pacari
St. Hil.) estão na categoria de vulneráveis, devido à forma de utilização e à sta. Como são utilizadas raizes, xilopódios e entrecasca