Agronegócio versus agricultura familiar
Agronegócio versus Agricultura Familiar
O Brasil colocou uma discussão ideológica conflituosa e criada em diversos setores, entre a agricultura familiar e o agronegócio, quando se afirmou que a agricultura de pequeno porte estaria fadada ao insucesso e certamente ao desaparecimento decorrente da concorrência desigual com os grandes empreendedores, e afirmou que o Agronegócio, se define como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles.
Agronegócio é qualquer operação comercial realizada com produtos agrícolas, mas no Brasil, virou a denominação de um modelo próprio de organizar a agricultura na forma de grandes fazendas modernas, com pouca mão-de-obra, com monocultura, que se especializam nas exportações. No período histórico conhecido como colonialismo, quando fomos colônia de Portugal, e que grosso modo vai de 1500 até quase o final do século 19, ou seja, até a proclamação da República, toda a produção de nossa sociedade era organizada em torno da produção de produtos agrícolas destinados à exportação para a metrópole europeia. O capitalista-colonizador organizou uma forma particular de produzir dentro das fazendas. E nos impuseram a chamada fazenda plantation, que tem as seguintes características: grandes extensões de terra, monocultura (especializando-se numa só atividade), venda para mercado externo e o principal: a utilização do trabalho escravo.
A dependência de nossa agricultura e de nossa economia do exterior era tão grande que as primeiras estatísticas realizadas pelo Banco do Brasil, em meados do século 19, revelaram que chegávamos a exportar mais de 80% de tudo o que se produzia na agricultura em nosso território. O domínio do capital