Agroindustria familiar no extremo sul gaúcho: limites e possibilidade de uma extratégia de reprodução social

AGROINDÚSTRIA FAMILIAR NO EXTREMO SUL GAÚCHO: LIMITES E POSSIBILIDADE DE UMA EXTRATÉGIA DE REPRODUÇÃO SOCIAL Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: CARUSO,Cintia de Oliveira; SACCO DOS ANJOS, Flávio Cíntia de Oliveira Caruso Flávio Sacco dos Anjos Giancarla Salamoni Antônio Jorge Amaral Bezerra Universidade Federal de Pelotas

AGROINDUSTRIA FAMILIAR NO EXTREMO SUL GAÚCHO: LIMITES E POSSIBILIDADE DE UMA EXTRATÉGIA DE REPRODUÇÃO SOCIAL CARUSO, Cíntia Oliveira1; SACCO DOS ANJOS, Flávio2
1,2 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - ISP/UFPEL Rua Cel. Alberto Rosa, 154 - Caixa Postal 354 - Pelotas/RS - CEP: 96010-770. [e-mail]

1. INTRODUÇÃO A zona sul do rio grande do sul é atualmente marcada pela presença de um grande número de estabelecimentos agrícolas, de caráter familiar, cujo surgimento é decorrente do processo de colonização desencadeado na segunda metade do século XIX. Desde então, surgiram pequenas fábricas de compotas, doces em pasta e embutidos, atreladas às propriedades rurais, embora, em algum momento estas pequenas fábricas tenham perdido espaço devido à especialização do agricultor familiar, fato que se desenvolveu juntamente com o processo de expansão do capitalismo no campo. Foi um momento onde houve amplos investimentos do Estado para o desenvolvimento de indústrias na região, durante as décadas de 1940 e 1950. Paralelamente, as pequenas fábricas artesanais das colônias foram fechando uma a uma ou sendo absorvidas por outras maiores, como resultado de uma ideologia que entendia que estas pequenas fábricas eram um obstáculo ao crescimento econômico do país (TAMBARÁ,1985). Os agricultores viram-se forçados a encerrar as atividades de suas respectivas fábricas artesanais,convertendo-se em meros fornecedores de matéria-prima às indústrias que eram então valoradas como sinônimo de progresso à região. Instaura-se, a partir de então, um quadro de dependência crescente dos produtores familiares em