Agroecologia
Converge a idéia de que a agricultura familiar camponesa será um elemento essencial em um futuro possível. Sua luta cotidiana pela sobrevivência é aqui encarada como a luta pela sobrevivência desse futuro. Em vez de desaparecer diante das conjunturas cada vez mais asfixiantes, como proclamam muitos teóricos e políticos, o campesinato se redefine como um ator contemporâneo portador da liga entre o passado e o futuro da humanidade.
Por enquanto, a agricultura familiar camponesa vivencia o paradoxo da onipresença e, ao mesmo tempo, da invisibilidade. Sua contribuição à construção de um outro mundo possível se apresenta ainda como um potencial não concretizado, mas já é possível vislumbrar promessas de realização que ensejam o encontro entre o mundo idealizado e o mundo real.
A Agroecologia é apresentada como um enfoque científico que fornece as diretrizes conceituais e metodológicas para a orientação de processos voltados à refundação da agricultura na Natureza por meio da construção de analogias estruturais e funcionais entre os ecossistemas naturais e os agroecossistemas. Além disso, o enfoque agroecológico visa a intensificação produtiva da agricultura em bases sustentáveis .
Por meio da integração entre os saberes científicos institucionalizados e a sabedoria local de domínio popular. Weid apresenta algumas evidências empíricas que se multiplicam em todas as regiões do mundo e que comprovam que a perspectiva agroecológica possui vigência histórica ao oferecer respostas consistentes para a saída dessa crise multidimensional vivenciada pelas sociedades contemporâneas.
Presentemente esse movimento tem sido capaz de mobilizar populações rurais tradicionais contra a violação de seus direitos territoriais promovida por grandes Projetos de infraestrutura, muito freqüentemente voltados para a expansão do agronegócio. Outros temas, tais como a luta contra os transgênicos e os agrotóxicos e a crítica ao projeto