Agro eco
Poluição, esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, legislações ambientais cada vez mais rigorosas e o protocolo de Kyoto, mostram uma só tendência para o setor de energia: o crescimento mundial na utilização de biocombustíveis. O Brasil disponta no cenário mundial como um horizonte para promover grandes mudanças no setor de biocombustíveis, por apresentar extensas áreas agricultáveis. O nordeste brasileiro, uma das regiões mais carentes em desenvolvimento, possui significativas áreas que podem ser utilizadas para produção de espécies de oleoginosas que suportam os índices pluviométricos daquela região. A mamona é um tipo de oleoginosa que se adapta bem nas condições de sequeiro, além de ser uma cultura de grande apelo social, pois junto com o cultivo da mamona, outras culturas, como o feijão caupi, amendoim etc, podem ser consorciadas. Segundo estudos realizados pela EMPRAPA Meio Norte-PI este tipo de cultura consorciada é um excelente negócio para a agricultura familiar, visto que as famílias poderão ter uma renda líquida de até R$ 400,00 por hectare, cultivando mamona consorciada com feijão caupi, além de outros alimentos para suas sobrevivências. O cultivo da mamona recebe atenção especial pois esta não se insere e não concorre domesticamente com o agronegócio ou nos mercados internacionais de mercadoria e se enquadra perfeitamente no modelo brasileiro de agricultura familiar, fugindo da monocultura e da mecanização do campo. No Piauí, a seca afeta extensas áreas do semi-árido, colocando em dificuldades um grande número de produtores rurais em mais de 100 municípios, declarados sistematicamente, em estado de calamidade pública.
Baseado nos fatores citados acima e com a oficialização da MP-227 de janeiro de 2005, o Piauí vem desenvolvendo seu programa energético, com a produção de biodiesel, tendo como fonte a mamona. Neste projeto, estão previstos o esmagamento de cerca de 15 toneladas de