Agricultura
— que não está à altura de sintetizar em grande escala a alimentação da humanidade e não o fará tão cedo — seria um recurso paupérrimo. Tanto para alimentar vinte milhões de homens como para alimentar cinco, não há outra via senão continuar a cultivar o planeta multiplicando as plantas e os animais domésticos, dominando a vegetação e a fauna selvagem.
Mas o retorno à natureza não passa de uma doce utopia e a indústria alimentícia uma quimera ainda não amadurecida. Da mesma forma a ideia, comumente admitida, segundo a qual o melhor meio de responder às necessidades futuras da humanidade seria estender ao planeta o gênero de agricultura motorizada, grande consumidora de nutrientes minerais, desenvolvida nos países industrializados há meio século, é também uma concepção enganosa. Com efeito, para dotar pelo menos um quarto dos agricultores dos países em desenvolvimento de meios de produção tão caros, seria preciso investir milhões e milhões de dólares, quer dizer, algo muito acima do arrecadado anualmente nesses países. Ora, isso evidentemente é impossível de ser feito em um curto prazo histórico. Além do mais, substituindo homem por máquinas, esse gênero de desenvolvimento colocaria no mercado de trabalho os três quartos da mão de obra agrícola mundial, o que dobraria o número de desempregados no planeta. Em uma época em que ninguém tem a pretensão de dizer que o