agricultura
MARANHÃO¹
Francisco Benedito da Costa Barbosa²
RESUMO
O trabalho enfoca a contribuição da agricultura camponesa ao desenvolvimento do Pará e
Maranhão na primeira metade do século XX. No Pará, ocorreu na região Bragantina, em função da abertura da estrada de ferro Belém-Bragança. No Maranhão, as correntes migratórias de camponeses nordestinos se fixaram nos vales dos rios Itapecurú, Mearim e
Pindaré, em função das secas cíclicas do Nordeste. A produção agrícola camponesa nos dois estados teve participação importante na economia. No Pará, atingiu seu apogeu no final década de 1940, quando sua produção responde por mais da metade da produção agrícola estadual, para alguns produtos, e mais 30% para outros. No Maranhão, ocorreu na década de
1950, onde se destacou a produção da região do Médio Mearim. Nessa ocasião o Estado estava em segundo lugar na produção nacional de arroz, sendo o município de Pedreiras o maior produtor maranhense. Essa produção foi responsável pela instalação da Estação
Experimental de Pedreiras, vinculada ao Instituto Agronômico do Norte (IAN), com sede em
Belém-PA. Esses respectivos ciclos se esgotaram sem que o camponês modernizasse sua produção e nem se capitalizasse. Houve apenas uma parcela de acumulação de capital no segmento comercial.
Palavras-chave: produção camponesa, expansão agrícola, desenvolvimento.
PEASANT AGRICULTURE AND AGRICULTURAL EXPANSION IN PARÁ AND
MARANHÃO
ABSTRACT
The work focuses on peasant agriculture's contribution to the development of Pará and
Maranhão in the first half of the 20th century. In Pará, occurred at the Bragantina region, according to the opening of the railroad Belém-Bragança. In Maranhão, migratory flows from
Northeastern peasants settled in the valleys of the rivers Itapecurú, Mearim, and Pindaré, in light of the cyclical droughts. The peasant agricultural production in the two States had important participation in the