AGRICULTURA: TRANSFORMAÇÕES E TENDÊNCIAS

O Estado de Mato Grosso a partir da década de 1950 incorporou ao mercado nacional, novas áreas agrícolas definidas pelos interesses do capital estrangeiro na economia brasileira.
Já na década de 1970, caracterizou-se a apropriação de terras por interesses especulativos, ou seja: ocupação para fins comerciais (empresariais). Isso fez com que a estrutura agrária predominante baseava-se na grande propriedade. Este grande proprietário desenvolvia a pratica da pecuária extensiva como meio de caracterizar o valor social da terra e esconder o seu real interesse, que era o de vender a terra com preço melhor num futuro próximo. Nesta mesma década Mato Grosso assumiu o seu papel de grande produtor devido ao interesse do país de expandir e modernizar a agricultura mesmo com a ajuda financeira de outros países.
Com o constante interesse de expandir seu território agrícola, o Estado Brasileiro descumpria ou fazia descumprir o seu próprio código florestal previsto na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que determinava que 20% de cada propriedade fossem destinados a reserva legal, para preservar a vegetação nativa existente, o que não ocorria. Portanto vale salientar que a sustentação econômica de Mato Grosso esteve historicamente assentada na pecuária desenvolvida em grandes propriedades. Embora a área ocupada por lavouras também tenha apresentado crescimento gradativo no mesmo período.
Ainda na década de 1970 a lavoura ganhou espaço e veio crescendo numa constante até os dias atuais, principalmente na região norte do Estado. Neste contexto destacam-se as monoculturas dos grandes latifundiários, que num linguajar mais moderno tornou-se o “Empresário Rural do Mundo Agroindustrial”.
Todo esse crescimento deve-se a modernização das técnicas aplicadas, antes tradicionais e pouco produtivas em escala macro. Como o crescimento econômico precisa de agilidade, investimentos em tecnologias foram cruciais para o aumento da produção. Mas vale ressaltar também a expansão da área