agricultura familiar
O Censo Agropecuário de 2006 identificou que 84,4% dos estabelecimentos brasileiros, cerca de 4,5 milhões de estabelecimentos, são explorados em regime de agricultura familiar, ocupando 24,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários.
Apesar da agricultura familiar reter apenas um quarto das terras do país, tem grande peso na produção de alimentos voltados para o abastecimento interno, sendo responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. (IBGE, 2006).
Ainda hoje a produção agrícola de base familiar envolve variados contextos sociais e econômicos, desde a tradicional produção de subsistência até a produção altamente mecanizada inserida na economia capitalista.
Embora exista grande esforço de pesquisa voltada para o setor agrícola, há grande carência de alternativas tecnológicas adequadas às condições socioeconômicas dos agricultores familiares, uma vez que a tecnologia disponível não é específica para os pequenos produtores, que têm dificuldade de assimilar o uso intensivo de insumos e de capital. Por esta razão, Portugal (2004) destaca que “o desafio maior da agricultura familiar é adaptar e organizar seu sistema de produção a partir das tecnologias disponíveis”.
Em geral, as empresas de fomento e de assistência técnica têm apresentado alternativas