Agradando as multidões
Estes dias estive lendo uma mensagem escrita há mais de cem anos intitulada “Alimentando ovelhas ou divertindo bodes. Mensagem esta que só acreditei ter sido escrita há tanto tempo, quando vi o nome do escritor em seu final (Charles Haddon Spurgeon, o príncipe dos pregadores), pois parecia alguém da atualidade que escrevia sobre as mazelas existentes hoje no meio da Igreja. A mensagem fala que a Igreja tem se preocupado em fazer meios de entretenimento para atrair as pessoas a Cristo em detrimento da pregação ousada da Palavra de Deus e até de seu testemunho pessoal que é o sal que aduba a terra (conforme Lc. 14.34-35). Devemos então ser o Sal, que o mundo despreza, e não o “docinho” que agrada as multidões como disse C. H. Spurgeon.
E agradar as multidões tem sido a preocupação dos Líderes da Igreja da atualidade. E a respeito deste assunto quero discorrer sobre quando o Rei Davi quis trazer a Arca da Aliança para Jerusalém, fato que está narrado no capítulo 6 do 2º livro de Samuel e nos capítulos 13,15 e 16 do 1º livro das Crônicas.
Vamos começar esta história bem do começo. E o começo é com a Arca da Aliança e ela foi primeiro mencionada no livro do Êxodo. Sua construção é orientada por Moisés, que por sua vez recebera instruções divinas quanto à forma e tamanho do objeto. A Arca era feita de madeira de Acácia e revestida de ouro por dentro e por fora, na sua tampa havia dois querubins de ouro e dentro dela estavam guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Arão; e um vaso com maná. Estas três coisas representavam a aliança de YAHVEH com o povo de Israel. Para judeus e cristãos a Arca não era só uma representação, mas era a própria presença de Deus (que no hebraico se pronuncia SHEKINAH).
Nos dias de Eli houve negligência. O líder do Santuário era um Sumo Sacerdote chamado Eli, e seus filhos eram Hofni e Finéias. Estes relaxaram com a divina obra santa do Senhor. Mas chega um dia em que Hofni e Finéias, levam a arca do Senhor para a