Agentes biologicos
As condições socioeconômicas, a distribuição irregular dos serviços de saúde, a incorporação desigual de tecnologia avançada para diagnóstico e tratamento das enfermidades, são elementos importantes que devem ser considerados na avaliação do processo endêmico e epidêmico das hepatites virais. Para fins de vigilância epidemiológica, as hepatites podem ser agrupadas de acordo com a maneira preferencial de transmissão em fecal-oral (vírus A e E) e parenteral (vírus B, C, D) e os mais conhecidos A, B, C e D.
A hepatite A, Trata-se da infecção causada por um vírus RNA. O vírus A é a causa mais frequente de hepatite viral aguda no mundo. Conforme estimativa da Organização Pan- americana de Saúde, anualmente ocorrem no Brasil cerca de 130 novos casos por 100.000 habitantes, e o país é considerado área de risco para a doença. A análise da prevalência dos diversos tipos de hepatite no Brasil, em 2000, mostrou que o vírus A continua sendo o principal causador da doença, representando 43% dos casos registrados de 1996 a 2000. A faixa etária na qual o diagnóstico foi mais frequente foi dos 5 aos 9 anos de idade.
A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível. Dessa forma, a hepatite B pode ser transmitida pela pele e mucosas, relações sexuais desprotegidas e por compartilhamento de agulhas e seringas e por procedimentos como tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos. Outros líquidos orgânicos, como sêmen, secreção vaginal, leite materno, também podem conter o vírus e ser fonte de infecção. A transmissão de mãe pra filho também é uma