Agenciamente - Papel social do agente de turismo

A natureza do turismo moderno

Segundo as ciências sociais que tratam do tema “turismo”, a vida é representada pela alternação de dois estilos de existência: aquele em que se está em casa e trabalha por longos períodos – vida ordinária ou cotidiana; e aquele que se tiram férias por curtos períodos – vida “não-ordinária”. É pela alteridade dessa oposição que a existência humana se constitui.
A “mágica do turismo” está presente tanto na prática de viajar para lugares distantes quanto fazer um “piquenique no quintal”. O caráter não está em “o que” ou “aonde” você visitou, mas sim no movimento, ou seja, na passagem dos dois modos de existência, o ordinário e o não-ordinário.
Levando-se em consideração a antropologia do turismo, a construção social da pessoa bem como sua consciência individual provém do condicionamento social em que a mesma está inserida. Sob certas condições, a apercepção sociológica pode ser produzida quase espontaneamente, como em uma viagem. Ao viajar, o indivíduo é levado a perceber naturalmente sua personalidade enquanto ligada a atitudes e linguagens de outros, fazendo com que o sentimento de pertencimento às suas tradições e costumes seja ainda mais forte.
Ainda sob a ótica das viagens, podem ser abordadas três linhas principais. Sendo elas:
A abordagem de Boorstin

Segundo Boorstein, os indivíduos que praticam o turismo de massa no mundo moderno não provam da realidade concreta, mas vivem “pseudo-eventos”. O turista moderno é passivo e tem medo do que não lhe é familiar. Sendo assim, ao viajar para lugares não-habituais, o mesmo viaja com grupos dirigidos e orientados com limites de tempo e, por vezes, sem reconhecer de forma crítica o mundo “real” em volta. Dessa forma, a imagem do turista traçada por Boorstin é inteiramente negativa.

A abordagem de MacCannell

Segundo MacCannel, o turista é visto como um peregrino secular contemporâneo que busca autenticidade encenada, prestando homenagem às atrações turísticas, que são os