Afroreggae
O Início
A semente do Grupo AfroReggae foi plantada em 1992, época de surgimento do jornal de mesmo nome na cidade do Rio de Janeiro, distribuído gratuitamente e sem anunciantes, com conteúdo ligado à cultura afro-brasileira. No ano seguinte, por conta do episódio conhecido como a “chacina” de Vigário Geral, que vitimizou 21 moradores daquela localidade, os produtores do veículo formaram uma forte aliança com a comunidade.
Na madrugada do dia 29 de agosto de 1993, aproximadamente 50 homens encapuzados e fortemente armados, invadiram a favela de Vigário Geral e assassinaram 21 pessoas, inclusive, famílias inteiras. Segundo o Ministério Público, o crime foi uma vingança pela morte de quatro policiais militares dois dias antes, no mesmo bairro.
Criado em 1993, o Grupo Cultural AfroReggae tem como missão “promover a inclusão e a justiça social utilizando a arte, a cultura afro-brasileira e a educação como ferramentas para a criação de pontes que unam as diferenças e sirvam como alicerces para a cidadania”. Hoje, o AfroReggae se estrutura em 14 subgrupos e tem núcleos em quatro favelas cariocas (Vigário Geral, Parada de Lucas, Complexo do Alemão e Cantagalo), totalizando 75 projetos, entre grupos musicais, programas de rádio, televisão, revista impressa e moda. O AfroReggae mantêm trabalhos de intercâmbio com grupos de jovens de várias partes do Brasil e também da Inglaterra, Alemanha e Índia.
Com isso, a ONG desenvolve seus trabalhos nas regiões carentes mediante ações que visem mudar a realidade de falta de perspectivas para os jovens, realidade essa de constante risco pela proximidade a episódios diários de violência urbana. O esforço é para que os espaços de ociosidade dessas crianças e adolescentes sejam preenchidos por atividades ligadas à educação e às artes.
Ao longo dos anos, outras comunidades do estado do Rio de Janeiro também receberam projetos