Afrodescendentes
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos europeus que superlotavam os porões de seus navios com negros, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
A participação dos negros no Brasil Colonial aconteceu a partir do momento em que a experiência colonial portuguesa necessitou de um grande número de trabalhadores nas grandes fazendas produtoras de cana-de-açúcar.
Além da demanda econômica, a escravidão africana foi justificada pelo discurso religioso cristão da época, que definiu a experiência escravocrata como um tipo de “castigo” que iria aproximar os negros do cristianismo.
Em terras brasileiras, a força de trabalho dos negros foi sistematicamente empregada pela lógica do abuso e da violência. As longas jornadas de trabalho estabeleciam uma condição de vida extrema, capaz de encurtar radicalmente os anos vividos pelos escravos, que não passavam dos 40 anos.
Os primeiros negros a serem livres no Brasil, o foram pela compra de cartas de alforria, documento que declarava o escravo livre. Mas não adiantava muito, porque o ex-escravo ficava contra o governo, sem dinheiro, sem estudo e sem oportunidade, forçando-os a aceitarem péssimos trabalhos.
Do século XV ao século XIX, a escravidão foi responsável, em todo o continente americano, pelo trânsito de mais de 10 milhões de pessoas e pela morte de vários indivíduos que não sobreviveram aos maus tratos vivenciados já na travessia marítima. Ainda hoje, a escravidão deixa marcas profundas em nossa sociedade. Dentre elas, o racismo, já que por serem historicamente pobres, os negros sofrem preconceito até hoje, sem motivo claro.
Os Afrodescendentes A maior população de origem africana fora do continente está no Brasil e, por conta disso, a cultura dos afrodescendentes é muito forte em todo o país.
A cultura afrodescendente no Brasil só foi liberada a partir de meados do século XIX, pois anteriormente eram proibidas todas as formas de