Afonso De Albuquerque
Primeiramente vou explicar o que é o Grifo. O grifo é um animal mítico com bico e asas de águia e corpo de leão. Ele simboliza a união de duas naturezas: a humana e a divina. Pela sua forma de leão, liga-se à terra; pelas suas características de águia e pelo seu poder de ascensão, remete para o céu. O Infante D. Henrique simboliza a sabedoria que permite a criação, pois foi ele que iniciou a expansão (ele é a cabeça do grifo); D. João II e Afonso de Albuquerque (as asas do grifo) significam a conquista de um estádio além-humano, pela sua dimensão espiritual e pelo conhecimento de que são detentores, uma vez que Afonso de Albuquerque foi o braço direito do império Português no oriente.
Afonso de Albuquerque, nomeado O grande, césar do oriente nasceu a 1453 em vila Franca de Xira. Foi um fidalgo, militar e o segundo governador da Índia portuguesa cujas ações militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do império português no oceano Índico.
Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico, construindo uma cadeia de fortalezas em pontos-chave para transformar este oceano num mare clausum português. Faleceu a 16 de Dezembro de 1515 em Goa.
Fernando Pessoa Define então a figura de Afonso de Albuquerque como um herói pelas armas (“De pé sobre os países conquistados”), no entanto, despe-lhe a pele de herói e guerreiro para desvendá-lo como homem, como alguém cansado (“Desde os olhos cansados”) da injustiça, ou seja, à ingratidão dos outros pelos seus feitos, pois em vez de provocar admiração nos outros, desperta somente a inveja, e do destino (“a sorte”) que o mundo lhe