afirmação do estado-providencia

Introdução “Guerra Fria” é a expressão que se atribui ao clima de tensão político-ideológico que no final da Segunda Guerra Mundial se instalou entre duas superpotências (EUA e URSS), e que se estende mais tarde por todo o mundo. Assim, no tempo da Guerra Fria, assistiu-se á consolidação de um mundo bipolar. O conceito de democracia adquiriu, no Ocidente, um novo significado. Com o pós-guerra considerou-se que o regime democrático deveria assegurar o bem-estar dos cidadãos e a justiça social, sendo assim era importante uma maior intervenção do estado economicamente e socialmente. No mundo capitalista predominavam duas forças políticas, a social-democracia e a democracia cristã. A social-democracia defendia uma sociedade composta por reformas e por processos democráticos e defendia que o Estado tinha de intervir na economia e deveria de proporcionar o bem-estar da população. Para além disso, defendia a livre concorrência e redistribuição da riqueza daqueles que tinham rendimentos mais elevados, através da protecção social. A democracia cristã defendia uma sociedade composta por ideias cristãs e por processos sociais da Igreja e defende que o Estado tem de defender os princípios de justiça, de liberdade, de entreajuda e de valorização dos humanos, condenando assim os excessos do liberalismo capitalista. Foi este conjunto de mudanças que deram origem ao Estado-Providência que tem vindo a marcar a vida das democracias ocidentais. O seu principal objectivo era garantir as necessidades básicas dos cidadãos e redistribuir a riqueza nacional, sendo assim foram tomadas várias medidas para melhorar as condições de vida e para implementar a justiça social. Esta afirmação do Estado-Providência permitiu uma forte prosperidade económica e um aumento da sociedade de consumo que ficou conhecido pelos “Trinta Gloriosos”.

A afirmação do Estado-Providência Estado-Providência é o termo que veio substituir o conceito de Estado Liberal, iniciou-se