Afetividade na fase pré escolar
As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores. (Saltine apud Krueger, S.a, p.1).
A afetividade faz parte da vida da criança desde antes do seu nascimento e se prolonga por toda sua vida. Uma criança que não estabelece uma relação de afetividade desde o seu nascimento apresentará um comprometimento no seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, que refletirá principalmente na escola onde a criança entrará em contato com outras pessoas, surgindo a necessidade de socialização. Compreendendo que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e que é nesta fase que se começa a desenvolver as capacidades física, cognitiva e afetiva da criança, sendo direito garantido a toda criança de zero a seis anos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, nossa pesquisa se concentra nos estudos realizados sobre a criança durante tal período. Neste período designado “infância”, os vínculos afetivos são imprescindíveis sendo de extrema relevância para a formação da personalidade e tal afirmação sem maiores considerações parece ser compartilhada pelo senso comum. Partindo do conceito defendido por Capellato, um dos autores investigados: família é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. É através dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo a viver o “jogo” da afetividade de maneira mais adequada. Mas para que essa adequação ocorra, é preciso que haja referências positivas, cuidados e responsáveis encarregados de estabelecer os limites necessários ao desenvolvimento de uma personalidade emocionalmente equilibrada, o que também parece ser um ideal amplamente compartilhado pelos profissionais de educação no que tange ao modelo psíquico.