Afecções dos cabelos e do couro cabeludo
Autores:
Erick Dancuart Omar
Especialista em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Anelise Ghideti
Especialista em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
A aparência dos cabelos apresenta um importante papel em nossa imagem e bem-estar geral. Além de contribuir para percepção de beleza e atratividade, protege o couro cabeludo da radiação ultravioleta (UV) e diminui a sua perda calórica.
As afecções dos cabelos incluem alterações adquiridas ou congênitas que afetam quantitativa e/ou qualitativamente a estrutura do fio, podendo, em algumas doenças, afetar inclusive o couro cabeludo.
A associação do folículo piloso com uma glândula sebácea e com o seu músculo eretor corresponde à unidade pilossebácea (UP). Em algumas regiões corpóreas, há, além desse conjunto, o ducto excretor de uma glândula apócrina.
O crescimento dos cabelos ocorre em ciclos de atividade intermitente, seguidos por períodos de repouso (fase latente). A taxa de crescimento dos cabelos é de aproximadamente 1 cm/mês.
A duração e a velocidade do crescimento do pêlo na fase anágena (intensa atividade mitótica) varia devido à predisposição individual, idade e nas diferentes regiões do corpo. É no couro cabeludo que está a maior duração dessa fase (2 a 5 anos). Segue-se a fase catágena, com duração de cerca de 3 semanas, em que o pêlo pára de crescer. Na fase telógena, há o desprendimento do pêlo com duração entre 3 e 4 meses. A análise do couro cabeludo normal evidencia 80 a 90% dos cabelos na fase anágena, 10 a 20% na fase telógena e 1 a 2% na catágena. É importante ressaltar que, devido à quantidade de folículos no couro cabeludo (100 a 150 mil), é considerada normal a eliminação média de 100 a 200 cabelos/dia.
Fatores genéticos e hormonais determinam as características e a distribuição dos pêlos nas diversas raças e individualmente.
ALTERAÇÕES DA COR DA HASTE