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MOREIRA, Ruy. In.: O que é geografia. São Paulo. 2ª. Edição, revista e atualizada, 2009.
Resenha por Thiago Santos de Almeida.
Universidade Federal de Alagoas.
21 de dezembro de 2013.

O texto analisa que a geografia passará por momentos marcantes. Ela surgirá junto com as lutas democráticas da Grécia. A geografia se desenvolverá para servir ao Estado, como relatos de mapas. Dos romanos à idade da ciência a geografia será como um inventário sistemático de terras e povos e apenas um tratado descritivo e cartográfico para auxiliar a administração do Estado, nessa modalidade não fará parte dela a crítica política de seu uso político pelo Estado.
O autor ressalta que desse período da geografia começa a se desenvolver e a ganhar caráter científico através da escola alemã. A geografia teve contribuição de vários filósofos, cientistas e pesquisadores alemães. Entre eles estão Kant, Karl Ritter, Alexander Von Humboldt e Friedrich Ratzel. Para Kant o conhecimento é dado como a percepção dos sentidos que orienta a experiência que para isto precisa ser sistematizada. Com Humboldt e Ritter nasce a geografia científica e eles são os precursores da geografia moderna. Através de Humboldt ganha forma acadêmica a geografia-ecologia, pois ele tinha uma concepção de mundo como unidade cósmica, que envolve o próprio homem. Já com Ritter enfatiza a geografia-história, uma concepção de mundo antropocentrista cujo ponto de partida e finalidade é o homem. Ratzel comprometido com os desígnios imperialistas da burguesia alemã faz uma leitura do livro “As origens das espécies de Charles Darwin”, e através disso, dirá que as relações entre as sociedades humanas são como as dos animais. Ele faz uso da “teoria da seleção natural das espécies”, onde na busca pela sobrevivência elas travam lutas que no final sempre irá vencer o mais forte. Nos Estados unidos com a hegemonia mundial do capitalismo americano surge a escola anglo-saxônica que tem como base a estatística e a matemática