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O Desconcerto do Mundo Na lírica camoniana o Mundo é visto sobre uma áurea de injustiças sociais devido à incorreta atribuição do prémio e do castigo(“Os bons vi sempre passar/No Mundo graves tormentos/E pera mais me espantar,/Os maus vi sempre nadar/Em mar de contentamentos.). O desconcerto em relação a Camões protagoniza duas vertentes: um desconcerto pessoal - em que o poeta é um ser sofrido e cujo destino nunca é favorável, quer por obra de erros do passado, quer pela má fortuna do poeta (tentou praticar o mal para ser premiado embora o desfecho tenha sido , o castigo) , quer pelo amor ardente, o principal factor (“Os erros e a Fortuna sobejaram/Que para mim bastava Amor somente.”); um desconcerto social devido à má distribuição do prémio: os bons são punidos/castigados e passam na vida graves tormentos; os maus são premiados e nadam em mar de contentamentos. Em suma para o poeta, as pessoas que praticam o bem no Mundo estão sempre postas um patamar abaixo de quem realiza o mal, algo que nos dias correntes ainda acontece, continuando , assim, a existir um mundo de injustiça flagrante onde a par das desigualdades, o desejo de Justiça permanece.
A Natureza
Na obra máxima de Camões um dos temas mais vincados é a Natureza. Esta, é descrita segundo moldes clássicos, apelando ao lema “Locus Amoenus”(“Alegres campos,verdes arvoredos,águas de cristal(…)”). O poeta, utiliza um Petrarquismo da Natureza servindo como endeusamento da mulher amada (“Isso que comeis, não são ervas não: são graças dos olhos, do meu coração”);Reflexo do estado de alma do sujeito poético, tal como, confidente do mesmo (“Não me alegrem verduras deleitosas”);Testemunha da dor do poeta provocada pela saudade (“Aquela triste e leda mudança”). Por conseguinte, a Natureza é ilustrada com fonte de paz e plenitude espiritual , levando ao homem a tranquilidade (Aurea Mediocritas).Em conclusão a Natureza é vista como uma antítese ao ser humano, pois esta renova-se, é cíclica e o tempo,