Advogado
Percebe-se que o sofrimento dos santos e a prosperidade dos injustos é uma questão que é abordada na Palavra de Deus. No Brasil cada vez mais cresce o número de novas igrejas, principalmente as que se denominam pentecostais e neopentecostais. Na mesma proporção em que cresce o número de igrejas, crescem também as “teologias” diferenciadas e que vêm influenciando inclusive as igrejas denominadas históricas. Nos tempos atuais, principalmente pelo uso acentuado da mídia, tem sido dada muita ênfase à Teologia da Prosperidade, com mensagens de vida plenamente abençoada em todos os sentidos. O próprio Cristo Jesus, conforme o (Novo Testamento Mateus 12, 38.40), alerta para a presença da mentalidade dos fariseus, que pedem por todo tipo de sinal. Este trabalho tem como propósito analisar a Teologia da Prosperidade e sua influência na vida das pessoas e do anseio do ser humano em buscar a felicidade onde esta teologia oferece a materialização dos seus desejos. Primeiramente, a metodologia usada inicia com estudo histórico seguido do estudo hermenêutico das Sagradas Escrituras. Segue com a relação Reino de Deus e a Igreja no Novo Testamento. Num terceiro momento, apresenta um histórico da Teologia da Prosperidade, sua manifestação no Brasil e alguns pontos que norteiam seus ensinamentos. Conclui com uma análise comparativa da Teologia da Prosperidade com as Sagradas Escrituras.
1. SACERDOTES E LEVITAS
No Antigo Testamento, os sacerdotes e os levitas preenchiam várias tarefas religiosas e tinham muito em comum com os sacerdotes de hoje. Os sacerdotes e os levitas eram homens profissionais que eram pagos pelo seu trabalho religioso em tempo integral. Eles lideravam serviços religiosos e ajudavam o povo israelita a relacionar-se com Deus. Em tempos atuais, a palavra “sacerdote” é usada para uma pessoa que lidera uma igreja e é usada também quando falamos de todos os cristãos. O apóstolo Pedro escreveu que a igreja é um “sacerdócio real”