Advogado do diabo
Iniciado o julgamento, o destino do acusado fica nas mãos do júri composto de doze pessoas totalmente desconhecidas uma da outra, que irão decidir no tribunal se ele é culpado ou inocente.
O juiz por sua vez, manifestando um breve discurso, dimensiona para os jurados a importância e a responsabilidade de todos num veredicto seguro, convicto e unânime; pois qualquer evidência de dúvida na veracidade das provas e testemunhos apresentados no caso; significaria incerteza na condenação à morte de um jovem inocente, ou por outro lado, inocentar um culpado.
Sustentados por um sentimento de pressão, os doze jurados são isolados e transferidos para uma sala fechada, com pouca ventilação, onde iniciam o debate sobre o julgamento do réu acusado. Sentados frente a frente, decidem uma votação preliminar com o intuito de economizar tempo na discussão do assunto, que para a maioria já se mostrava uma sugerida sentença.
Conhecidos os votos através do número de indivíduos com a mão levantada, nota-se que apenas um dos doze jurados exerce opinião contrária, não levantando a mão conforme os demais, que consideravam o acusado culpado pelo crime em questão. A partir daí, os outros jurados não concordando e ironizando a decisão do único que se mostrava realmente compromissado com a justiça, julgando com coerência os fatos; começam então atacar a ousadia do corajoso arquiteto Davis, o único que discordava dos demais.
Fervorosos, perguntam a ele os motivos de sua opinião sobre o crime, pois os fatos expostos no julgamento, por si só pareciam obviamente concluírem a culpa do acusado pelo crime. Durante sua argumentação, Davis tenta convencer os demais jurados que seu objetivo não é condenar ou absolver alguém, mas sim, julgar com coerência para não cometer injustiça.