Advento da produção
A produção seriada é um processo de produção industrial baseado no princípio de padronização das principais peças que compõem um conjunto e que permite produzi-las separadamente em grande escala. Este processo foi idealizado e introduzido, nos Estados Unidos, pela primeira vez, em 1903, por Henry Ford, pioneiro da indústria automobilística americana.
O crescimento populacional no início do Século XX determinou o aparecimento de um mercado consumidor que forçou o incremento da produção em série, para atender às demandas da então nascente “sociedade de consumo”
A corrida da industrialização, nos Estados Unidos e em vários países da Europa, trouxe a valorização excessiva da produção em prejuízo de valores humanos e universais.
O advento da produção em série não veio comprometer a segurança física dos trabalhadores, pois possibilitou a automação dos processos de fabricação, nos quais o operador não precisa permanecer em contato íntimo com as partes móveis das máquinas, que passaram a ser comandadas à distância, por meio de acionamento de botões ou por automatismo e atualmente até por computadores.
Os aspectos negativos da produção seriada para a segurança do trabalhador estão ligados à fadiga visual ou muscular resultante de operações repetitivas, como no caso da que acontece aos digitadores: as tenossinovites, que atingem as membranas dos tendões por efeito de esforço repetitivo com as mãos e os dedos, num ritmo imposto pela produção mecanizada. Por outro lado, a mecanização do trabalho ameaça transformar o empregado num robô, situação que inspirou alguns pensadores e humanistas a protestarem através de suas obras, a exemplo do famoso cineasta inglês, Charles Chaplin, com seu filme “Tempos Modernos”, no qual o empregado em uma linha de montagem de uma grande fábrica continuava fazendo movimentos condicionados pela máquina, mesmo após deixar o trabalho.
Com a evolução dos processos mecanizados de produção, um outro fator de