Adoção homoafetiva: análise crítica
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Em meio a toda essa polêmica de “casamento” gay, o senado discutindo leis e mais leis a esse respeito surge, concomitantemente outra polêmica: a adoção por casal gay. Um certo deputado diz que filho adotado por homossexual também se tornará homossexual. É claro que ele não tem base científica para comprovar esse tipo de afirmação. Bom, quanto à adoção, muitas pessoas são contra e tem seus motivos e muitas são a favor e defendem com unha e dente a causa. As pessoas que são a favor defendem a ideia de que no lar homossexual a criança vai encontrar amor, vai encontrar toda uma estrutura que ela não recebia no orfanato, vai ter perspectivas melhores, vai desenvolver fisicamente e intelectualmente melhor do que no ambiente que ela se encontra agora, já que a maioria dos casais gay tem um nível de vida favorável. As pessoas que são contra dizem que essas crianças serão massacradas pelo bullying na escola, que elas se sentirão excluídas e diferentes, olhadas diferente pela sociedade, que a ausência de figura tanto paterna quanto materna podem desnortear a criança, deixando-a carente de um dos lados, podendo até desenvolver distúrbios comportamentais ou de aprendizagem, etc. Nesse contexto fica difícil escolher apoiar ou não a adoção de criança por casais homoafetivos. Uma boa pergunta seria “como você sentiria se seu pai fosse homossexual e tivesse um companheiro?”. Imagine você, na idade em que está. Agora imagine uma criança, o que não passaria na cabeça dela. Por outro lado, te pergunto “Você preferiria passar a vida toda num orfanato, esquecido do mundo, até completar seus 18 anos e ser mandado embora, ou viver num lar, mesmo que de homoafetivos, com pessoas que te amam e se importam com você, que querem ver seu bem e te dão ambiente rico e aconchegante?”. Fica difícil colocar na balança. Particularmente, opto pela não adoção. A sociedade não está preparada ainda para viver com os casais homossexuais andando abraçados e se beijando por aí.