Adolf Hitler
– Joachin Fest
“A fim de haver tolerância no mundo, uma das coisas a ser ensinadas nas escolas deve ser o habito de ponderar a evidencia e a pratica de não dar total assentimento a proposições que não haja razão para serem aceitas como verdadeiras.”
- Bertrand Russel
Certa vez ao ler “Moby Dyck”, de Herman Melville, fiquei impressionado com a multiplicidade de significados simbólicos que a obra oferece a um leitor atento. A busca pela baleia cachalote branca, única entre os gigantes mamíferos dos mares, é a expressão do fetiche humano pelo controle daquilo que lhe escapa. Em síntese se trata do retrato da impotência diante da ideia de dominação e do controle daquilo, que de alguma forma, se destaca entre os demais. A obsessão e a busca pelo domínio absoluto são o núcleo fundamental sob o qual se constrói o fanatismo. A história, assim como a arte dramática, possui protagonistas e antagonistas que se digladiam como um produto das massas. Um fato interessante é que o século XX parece negar a qualquer personalidade histórica o papel de protagonista, já o mesmo não acontece com o seu oposto, que de forma incontestável pertence a Hitler. Se entre os historiadores essa definição não é unanime, do ponto de vista daqueles menos obcecados com uma abordagem pragmática dos eventos históricos, sobretudo dos não alemães, essa definição está mais do que correta. O nível de ascendência moral que Hitler era capaz de exercer sobre as massas está além da compreensão de qualquer pessoa que tenha vivido em uma época diferente da sua. “Ele tinha um poder terrível, especialmente nos olhos.” – comentou o ex-ministro das relações exteriores, Joachin Von Ribentrop, ao ser interrogado pelo psiquiatra da prisão de Nuremberg em 1946. O mito Hitler se reafirma, ano após ano, graças à brutalidade com que o mesmo representou sua própria