adolescência
Universidade Estadual de Londrina
Rosemarie Elizabeth Schimidt Almeida¹
Alexia Rodrigues Ruiz²
Beatriz Rall Daró²
Eric Magno Barbosa²
Gheovana Carla Brites²
Tayla Cristina Manccini²
Resumo
A concepção da temporalidade do adolescente é ativa numa lógica binária, do tudo ou nada, de dois extremos e surge como um desdobramento do seu estado mental. Essa concepção entra em conflito com a concepção temporal dos pais e da sociedade, o que pode causar a impossibilidade de o adolescente viver a sua própria temporalidade. A temporalidade adolescente pode nunca ascender a um terceiro termo, existente entre o agora ou nunca, e quando o adolescente reconhece esse terceiro tempos ele pode se permitir escolher entre viver o futuro ou o não viver. Tais questões podem ser confirmadas à medida que as atividades propostas no grupo de adolescentes, com foco em Orientação Vocacional e Profissional, ampliam as suas concepções de temporalidade. Esta questão deve ser tratada como ponto fundamental nas intervenções que acontecem em atendimento às questões dos adolescentes, haja vista que, na sociedade capitalista, a importância da identidade profissional é confundida com a identidade pessoal. O paradoxo se confirma à medida que, para o profissional de Psicologia, algum tipo de transtorno na escolha de uma ocupação é parte de um aspecto somente da identidade do sujeito em constituição, ou melhor, reconstituição, na fase da adolescência: a criação de uma temporalidade que pode pensar o futuro, o vir a ser.
Palavras-chave: adolescência; temporalidade; orientação vocacional; escolha profissional
¹ Professora Dr. Docente do Departamento de Psicologia e Psicanálise – UEL/PR
² Acadêmicos Estagiários do Projeto de Atendimento de Orientação Vocacional e Profissional de Adolescentes na Comunidade de Londrina e Região – UEL/PR
O encontro freqüente entre o tema da adolescência e da questão