Adolescência
É nessa perspectiva que vislumbramos o estabelecimento de um diálogo entre a psicologia popular2 e a TRS, já que ambas apresentam algumas proposições comuns: "a construção de 'teorias' normativas pelo senso comum e sua necessária inserção cultural, a centralidade da preocupação com a produção de sentidos, além da atenção voltada para a assimilação do conhecimento científico pelo pensamento social" (Almeida & cols., 2000, p. 2).
As teorias do senso-comum ou representações sociais (RS), como denominamos na TRS, ou teorias populares, como denominadas por Bruner, em sua Psicologia Popular, correspondem aos significados construídos nos enjeux psicossociais. Esses significados são compreendidos como constituídos pela e constitutivos da realidade social, sendo, portanto, explicativos e prescritivos da realidade social. Intimamente articuladas às teorias científicas, as RS ou as teorias populares submetem os conhecimentos elaborados pelas ciências a um processo de ressignificação, visto que são negociados e recriados no bojo das teorias populares.
Nessa perspectiva, a ciência é compreendida como uma instituição especializada, que tem a ambição de intensificar o papel de explicadora da realidade, definindo regras, através de seus modelos teóricos, que acabam, também, por especificar e prescrever as ações humanas.
Da idéia primitiva que caracterizava a criança