Adolescência e identidade
Vivemos em uma sociedade carregada de julgados e, logo que as transformações começam a ocorrer, começam também os julgados da sociedade com relação a eles, tais como: “já vão começar os problemas!”. A sociedade parece entender a adolescência como um período único da vida, onde as experimentações tempestuosas referentes a relacionamentos, sexualidade e escolha da profissão são inerentes a todos os indivíduos. Existe um entendimento, no senso comum, que tornou justificável dizer: ‘sou assim porque sou adolescente’. Como se os adolescentes de algumas formas pudesse “aprontar”, viver de fora da sociedade, sem ainda aderir às regras e justificar sua dita liberdade às muitas mudanças vivenciadas.
Esta visão explicitada, presente no senso comum, não é muito distante da visão de algumas áreas da ciência. A crise de identidade do adolescente é quase unanimidade entre os especialistas (Herculano-Houzel, Erik Erikson, Paul Thompson) que tratam do assunto, como uma oposição marcada entre o desenvolvimento biológico que entraria em choque com o social. A maioria dos autores procura reforçar a supremacia dos fatores biológicos enquanto outros debatem que a ênfase está em torno do movimento histórico e social como formador do ser humano. Entre os estudiosos, do tema adolescência, que pesquisam esta crise