Adolescentes infratores

Usando como base para pesquisa antropológica , histórica e social , minha vivência pessoal, onde por aproximadamente 8 anos fui monitora da antiga “FEBEM” , atua Fundação Assistencial Sócio-Educativa –FASE ,questionei-me como foi que tudo começou? Como as situações foram evoluindo para chegarem a atual realidade? Onde foi que no meio desta evolução histórica os perfis psicológicos dos adolescentes se fundiram com a instituição em si ?
Será que , a mudança do Eca (Estatuto da Criança e do Adolescente) é realmente o grande causador desta mudança de perfil? Ou foram os adolescentes que mudaram conforme o meio em que vivem, isto é a sociedade foi se tornando mais e mais violenta e amoral ?

Contextualizando

Conforme a população institucionalizada de adolescentes infratores foi aumentando , as diferenças psicológicas também foram se intensificando. Antes de expor alguns fatos que demonstram essas mudanças, vale a pena lembrar que o nome Febem já evoca um conjunto de significados possíveis, como diz o Dep . e membro da Comissão de Direitos Humanos Dr. Marcos Rolim na apresentação do livro “SOBREVIVENDO NO INFERNO “ de Carmem Silveira de Oliveira . “... o trabalho que se realiza lá está sempre associado a marginalização, será sempre uma besta muito feia de se ver...”(pag 11)

A partir desta visão tão real e verdadeira de alguém que além de lutar pelos direitos humanos dos brasileiros, precisa legislar para todos, parto novamente para a discussão, onde foi que nessa nossa história maluca de encarceiramento juvenil que a evolução psicológica se fundiu e meio que se perdeu.
Carmem Silveira, inicia seus questionamentos no livro , em como buscar a genealogia do ato infracional em si, isto é, em como se define esta grande distância entre o jurídico e o psiquiátrico-psicológico .Ela coloca