A autora afirma que a adolescência como conhecemos hoje, é fruto do advento do capitalismo, no processo de revolução industrial, com a revolução as formas de trabalho foram se diferenciando, ou seja, as formas de trabalho se tornam cada vez mais especializadas e sofisticadas, exigindo com isso uma formação mais ampla adquirida na escola, e o desemprego estrutural do capitalismo, juntamente com o aumento da expectativa de vida, desenvolveu o desafio de ampliar o mercado de trabalho, por este motivo o ingresso dos jovem no mercado de trabalho, foi retardado. Pensando desse modo a adolescência pode ser entendida como uma “culturalidade” do mundo ocidental. Contudo não podemos ser generalistas ao afirmar que a adolescência é fruto do meio em que está inserido, há também particularidades em cada indivíduo, podemos entender o ser humano através da palavra em grego “ethos”, que em português se entendo como casa, ou seja, cada indivíduo é uma “casa”, que está em constantes reforma, tanto externamente, quanto internamente. Quando identificamos e definimos a adolescência de uma certa forma, estamos sendo simplistas, e ignorando as subjetividades, sobrepondo as nossas próprias subjetividades às deles. É claro e evidente que as relações na adolescência, poderá e irá influenciar direta ou indiretamente na formação da identidade de todo e qualquer indivíduo. Tratando do adolescente, essas relações são extremamente intensas. Sendo adolescência o período de transição e confusão, em que o indivíduo se encontra dividido entre as atitudes de criança e as responsabilidades, propriamente ditas, de um adulto. Por esse motivo a mentalidade do adolescente está vulnerável a todo o tipo de influência externa que possa lhe parecer atraente em qualquer sentido, e a qualquer momento.