Admissao
Neste estudo, foi verificado que, embora a preocupação da enfermeira em prestar o cuidado na admissão da pessoa em CC, tenha demonstrado um fazer voltado para a valorização e humanização do paciente, embora sofrendo transformações na interação e no processo de comunicação, o apoio destinado ao mesmo, pela equipe médica, entendida a equipe cirúrgica, é de difícil concretização, não sem deixar de direcionar o modo de assistir a pessoa, em CC. Um assistir voltado para os aspectos técnico-operacionais do cuidado, centrados nas condições essenciais ao desenvolvimento da cirurgia que, embora sejam importantes, não podem prescindir dos aspectos humanos do cuidado.
Essa situação pode até estar marginalizando as alternativas de cuidado, com vistas a minimizar o sofrimento da enfermeira, o mesmo acontecendo em relação às formas de enfrentamento do paciente em situações de risco.
A compreensão dessa situação demonstra que além de palavras e tentativas, é necessária uma ação transformadora que deve ter, como ponto de partida, a compreensão do ser, em uma relação humana de troca, de demonstração de afeto e de respeito, assumida por nós enfermeiras e pelo paciente em situações de risco, essencialmente em CC, onde a visão de mundo é totalmente diferente, para cada um que adentra ali, com a finalidade de ser submetido a algum tipo de cirurgia.
Este estudo serviu de estímulo à busca de estratégias que possibilitem uma maior compreensão das dificuldades enfrentadas pela enfermeira, ao proceder à admissão da pessoa em CC, principalmente aquelas relacionadas ao espaço destinado à concretização desse cuidado.
Nesse sentido, é necessário que as enfermeiras reflitam sobre a necessidade de buscar melhores condições de trabalho, de modo que possam oferecer um ambiente mais tranqüilo, em penumbra com música