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Pré-Vestibular Social

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A transdisciplinaridade é uma opção de vida

Silvia Helena Mousinho

Professora de Física, coordenadora de Estágio Supervisionado III (CEDERJ/UERJ)

Márcia Spíndola

Professora de Matemática, coordenadora de Estágio Supervisionado IV (CEDERJ/UERJ)

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?
Fernando Pessoa

Primeiras palavras Apesar de o tema estar “na moda”, o que ainda observamos quando o assunto é transdisciplinaridade revela a dicotomia existente entre teoria e prática, ou melhor, entre concepções teóricas e realidade.

Somos seres humanos “viciados” na reprodução do modelo cartesiano, mecanicista. Ainda nos comportamos como máquinas, analisando peças e a forma como elas se relacionam nas estruturas, supervalorizando as “partes” em detrimento de uma visão de conjunto.

Na Educação, a fragmentação do conhecimento, que recebeu o nome de “divisão disciplinar” e foi instituída no século XIX com a formação das universidades modernas, reconhece na compartimentalização dos currículos escolares em disciplinas que o atual modelo já não dá conta de responder as questões que a realidade mostra.

Vivemos em um período de transição, na tentativa de “juntar os pedaços” que as concepções positivistas do século XX legaram, fazendo-nos acreditar na dualidade corpo-mente, pensamento-sentimento, ciência-espiritualidade. O desenvolvimento de determinado setor não pode implicar perdas irreversíveis para outros setores de igual importância para o bem-estar da humanidade. É questão de sobrevivência buscar novos caminhos que confluam para uma profunda transformação nas relações do homem com o homem, do homem com a

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