admiravel mundo novo
Sempre que vejo entrevistas ou matérias com autores reconhecidos, é comum ver o comentário de que uma das coisas mais difíceis em escrever histórias é quando ele se vê obrigado a criar um mundo totalmente novo. Do zero mesmo. E para nós, leitores, acompanhar toda essa tragetória através do livro é sempre especial.
Ser um apaixonado por livros tem alguns pontos ruins, como se ver obrigado a comprar um lançamento, mesmo sabendo que sua fila tem quinhentos outros títulos pra ler, e que a nova aquisição vai ficar parada na estante por muito tempo. Mas também tem boas surpresas, como a de descobrir a existência de grandes clássicos e lê-los depois de tantas décadas após sua publicação.
Admirável Mundo Novo é uma distopia/ficção científica publicada por Aldous Huxley em 1932. A história traz Bernard Marx, um psicólogo que vive em Londres e que, talvez por um acidente acontecido em sua infância, não consegue concordar com a forma que o mundo se transformou e está organizado atualmente.
A história de Admirável Mundo Novo se passa centenas de anos após a ciência evoluir de tal forma que a civilização não se parece nem um pouco com o que conhecemos hoje. Lá, as pessoas são criadas em laboratório em larga escala e a sociedade é dividida em castas. As inferiores, responsáveis pelos trabalhos mais básicos, são produzidas às dezenas, sendo possível uma mesma pessoa ter outros 90 gêmeos idênticos, além de serem condicionadas desde a infância a realizar o seu papel na sociedade, não desenvolvendo senso crítico ou desejo próprio.
O Mundo Novo também não tem religião, nem tristeza. Administrada pelo “Ford”, a autoridade máxima que é adorado como um