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Chinelo de dedo, feito de borracha, inspirado nas sandálias japonesas. A receita de sucesso das Havaianas, que completaram 50 anos do lançamento do seu primeiro modelo em junho, hoje não é tão simples. A marca, que é vendida em 83 países, enfrenta concorrência mais acirrada, e quer crescer também nos mercados de tênis e acessórios.
O primeiro modelo das Havaianas foi lançado em 1962. Desde seus anos iniciais, a empresa convive com as falsificações. O slogan “Havaianas, as legítimas”, continua sendo um dos mais famosos da história da marca. Segundo Rui Porto, consultor de comunicação da Alpargatas, dona das Havaianas, a legitimidade foi um dos principais fatores para o avanço da empresa, mas a inovação também foi fundamental e segue sendo a aposta das Havaianas para crescer.
Por mais de 30 anos, as sandálias de palmilha branca e tiras coloridas, que nos anúncios eram destacadas por “não soltarem as tiras e não terem cheiro”, não tinham concorrentes oficiais. “Mas, nos anos 90, quando o modelo tradicional ainda era visto como um produto de caráter utilitário, usado principalmente pelas empregadas domésticas, a empresa viu que estava perdendo lucratividade e lançou as sandálias coloridas”, diz Porto.
Para ele, esse foi o impulso para “democratizar” a marca. “A empregada pode usar e a patroa também, o mesmo modelo, sem problemas”, afirma. Hoje, o preço das sandálias varia entre R$ 10, o modelo tradicional, e R$ 280, valor do modelo com tiras bordadas em cristais Swarovski.
No exterior, elas são mais caras. Nos Estados Unidos, o preço do modelo básico fica em torno de US$ 18 (R$ 36). Na Europa, o valor médio é de € 23 (R$ 59), segundo a empresa.
Os comerciais com famosos também ajudaram a popularizar as sandálias de borracha. O primeiro garoto-propaganda da marca foi o humorista Chico Anysio, mas já participaram de anúncios nomes como Jô Soares, Daniella Cicarelli e Hortência.
Marca quer crescer