Administração
Efeitos da inflação
Um aumento do nível geral dos preços acarreta uma redução do poder de compra da moeda. Isto é, quando o nível geral dos preços aumenta, cada unidade monetária compra menos bens e serviços. [28] O efeito da inflação não é distribuído uniformemente na economia. Em consequência, devido à redução do poder de compra, há custos escondidos para alguns e benefícios para outros. Por exemplo, com a inflação os credores (mutuantes) ou depositantes que recebem uma taxa por empréstimos ou depósitos, perdem poder de compra nos juros que recebem, para benefício dos seus devedores (mutuários). Os indivíduos ou instituições com ativos na forma de dinheiro, sofrem um declínio no poder de compra desses ativos. Os aumentos nos salários dos trabalhadores e nas pensões, muitas vezes ocorrem com atraso em relação à inflação, especialmente aqueles com pagamentos fixos.[7]
Taxas de inflação altas ou imprevisíveis são consideradas prejudiciais para a economia. Geram ineficiências no mercado e, para as empresas, dificultam a elaboração de orçamentos e o planeamento de longo-prazo. A inflação pode ser um entrave à produtividade, na medida em que as companhias, ao focarem os lucros e prejuízos devidos à inflação monetária, são forçadas a desviar recursos da produção de produtos e serviços.[7] A incerteza acerca do poder de compra futuro do dinheiro desencoraja o investimento e as poupanças.[29] Quando é refletida a nível salarial, mas não tributário, a inflação pode traduzir aumentos de impostos ocultos, na medida em que os rendimentos inflacionados podem empurrar os contribuintes para escalões de tributação superiores.
Com uma inflação elevada, o poder de compra é redistribuído daqueles com rendimentos fixos, como os pensionistas, para aqueles com rendimentos variáveis cujos salários se podem manter mais a par da inflação.[7] Esta redistribuição do poder de compra também ocorre nas relações comerciais internacionais.