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“Sócrates - Imagine ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao afastar bruscamente da luz do sol”? (P-227)
A caverna é comparada ao mundo real e o mundo exterior, ou seja, um mundo espiritual, o qual somente Deus conhece a existência. Sua visão volta a ficar confusa, pois já estava desacostumada com a escuridão. Essa escuridão aprisiona muitas pessoas; “as trevas”, ou seja, a sua ignorância, daí o homem passa a ter suas próprias opiniões, conhecimento do que é certo e errado, e ter seus próprios conceitos. Uma vez que a consciência se expande, lhe é impossível retornar ao que era. Na medida em que nos libertamos da ilusão dos sentidos e elevamos nossa mente, passamos a perceber uma outra ordem de realidade “idéias”, onde é possível a harmonia, o equilíbrio, a beleza, a educação e, o que era o grande sonho de Platão, a Justiça plena.

“Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio”. (P- 225)
São as dificuldades em aceitar uma nova proposta, e que, devido ao padrão estabelecido onde eles viviam, o homem tenderia a reconhecer como reais os objetos na forma que ele já conhecia, e não no modo apresentado. Pois as pessoas estavam presas e só enxergavam o que viam em sua volta, ou seja, a idealização dos seres.

Ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras”. (P-226).

Isso quer dizer, que aquele que se liberta tem oportunidade de adquirir novos conhecimentos, e interagir com as pessoas, pois ninguém vive sozinho; as pessoas que vivem presas preferem viver manipulado pelas idéias dos