Administração
A avaliação da situação estratégica de uma instituição pode comparar-se à de alguém que comparece a um consultório médico com algumas queixas, preocupações e dú- vidas sobre sua saúde.
Nesse caso, o médico segue o padrão estabelecido, que é observar, examinar, pedir exames detalhados e fazer perguntas para avaliar os problemas reais que afl igem o paciente. Muitas vezes, este transmite ao médico suas impressões e até convicções bem fi rmadas. É comum dizer coisas como: “eu acho que tenho isto”, “minha mulher diz que eu tenho aquilo”, “meu pai também tinha esse problema...”. Ou, pior ainda: “já estou tomando um remédio, por sugestão de um amigo, que sentia a mesma coisa...”.
Assim, involuntariamente, o paciente pode passar ao médico “falsas pistas”, que difi - cultam o diagnóstico e, conseqüentemente, a terapia.
Em estratégia, o diagnóstico empresarial é, como no exemplo anterior, um processo formal e estruturado que procura avaliar a existência e a adequação das estratégias vigentes na organização relativamente ao andamento de transformações para a construção do seu futuro. Avalia também se as estratégias seguidas estão surtindo o efeito que se esperava ao adotá-las.
Um bom diagnóstico deve verifi car, ao menos, elementos como: a compe ti tividade da empresa ou da entidade; o seu portfólio de serviços ou produtos; a fl exibilidade em relação às mudanças; o grau de vulnerabilidade em relação às ameaças; a sua capacitação para implementar as transformações necessárias; a disponibilidade de recursos estratégicos; os processos de desenvolvimento e de inovação; a sua estrutura de poder e de liderança; o tratamento que é dado aos temas societários; o acompanhamento e o tratamento dos temas e problemas estratégicos da organização; os seus processos para projetar e construir o futuro da organização.
Uma resposta satisfatória a todos