administração

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Rio de Janeiro – A posse de um/a presidente do Brasil, desde o fim da ditadura militar (1964-1984) é sempre tratada como festa. Não foi diferente esta cerimónia em que Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, deu início ao segundo mandato à frente dos destinos do país. Como é tradicional, a presidente desfilou no Rolls Royce descapotável que só é usado nestas cerimónias, pronunciou um discurso de 44 minutos no Congresso Nacional, falou de novo no parlatório situado na Praça dos Três Poderes, diante de uma concentração popular, deu posse ao novo governo de 39 ministros, 15 dos quais vêm do gabinete anterior, e participou da receção oficial. As televisões transmitiram o dia todo, muito se comentou, muito se analisou.
Mas uma sombra pairou sobre este clima festivo. A crise que se anuncia numa economia já estagnada, e as receitas que a presidente anunciou para fazer o país voltar ao crescimento: o “ajuste das contas públicas”, também chamado de “ajuste fiscal”.
Dilma Rousseff garantiu que a educação será a prioridade das prioridades do seu governo; que não serão revogados os direitos conquistados nem traídos os compromissos sociais; mas também afirmou que “os primeiros passos” da caminhada para voltar ao crescimento “passam pelo ajuste nas contas publicas". Um lema neoliberal que os portugueses – e os europeus do Sul – conhecem tão bem, e cujos resultados trágicos tanto sofrimento provocam.
“Desconexão entre palavras e atos”
Acontece que o reajuste das contas públicas, “para pôr ordem na casa”, fora um dos temas centrais da campanha de Aécio Neves, do PSDB, o principal opositor de Dilma; esta, durante a campanha, nunca falou de ajuste fiscal algum. Numa campanha polarizada, a candidata do PT chegou a acusar os banqueiros de quererem tirar comida da mesa do trabalhador e a questionar o papel dos representantes da alta finança nas campanhas de Aécio e de Marina Silva, do PSB. Mas, eleita, Dilma Rousseff nomeou Joaquim Levy, alto executivo do banco Bradesco, para

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