administração
Mas uma sombra pairou sobre este clima festivo. A crise que se anuncia numa economia já estagnada, e as receitas que a presidente anunciou para fazer o país voltar ao crescimento: o “ajuste das contas públicas”, também chamado de “ajuste fiscal”.
Dilma Rousseff garantiu que a educação será a prioridade das prioridades do seu governo; que não serão revogados os direitos conquistados nem traídos os compromissos sociais; mas também afirmou que “os primeiros passos” da caminhada para voltar ao crescimento “passam pelo ajuste nas contas publicas". Um lema neoliberal que os portugueses – e os europeus do Sul – conhecem tão bem, e cujos resultados trágicos tanto sofrimento provocam.
“Desconexão entre palavras e atos”
Acontece que o reajuste das contas públicas, “para pôr ordem na casa”, fora um dos temas centrais da campanha de Aécio Neves, do PSDB, o principal opositor de Dilma; esta, durante a campanha, nunca falou de ajuste fiscal algum. Numa campanha polarizada, a candidata do PT chegou a acusar os banqueiros de quererem tirar comida da mesa do trabalhador e a questionar o papel dos representantes da alta finança nas campanhas de Aécio e de Marina Silva, do PSB. Mas, eleita, Dilma Rousseff nomeou Joaquim Levy, alto executivo do banco Bradesco, para