Administração

TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS:
A DIMENSÃO “BRIC”
Sílvio Abreu Campos i A sigla “BRIC” foi cunhada originalmente em uma análise prospectiva realizada em 2003 pelos economistas Dominic
Wilson e Roopa
Purushothaman, do banco de investimento norteamericano Goldman Sachs.
O banco projetou crescimento do Produto Interno Bruto, da Renda per capita e dos fluxos de dinheiro movimentados por um conjunto de países integrados por Brasil, Rússia, Índia e
China, utilizou-se das iniciais de cada um dos países para a criação deste acrônimo, que desde então, disseminou pelo Brasil e pelo mundo. O nome é uma espécie de identificador do conjunto de economias, tidas como candidatas mais prováveis a formarem o pelotão das seis economias mais vigorosas do planeta a partir de 2050, superando até mesmo o atual “G6” (grupo das maiores economias composto por Estados Unidos, Japão,
Alemanha, França, Itália e Reino Unido).
Estima-se que antes de 2050, ou seja, já em 2040, somente os EUA e o Japão estariam se juntando aos países do BRIC para formar as seis maiores economias globais.
Esse grupamento de nações tornou-se um referencial nas análises micro e macroeconômicas, em especial, no que concerne às políticas de comércio exterior e de desenvolvimento industrial e tecnológico do Brasil na atualidade e para os anos vindouros.
Embora o banco responsável pelo estudo tenha refutado a pecha de futurologia atribuída por muitos ao estudo e mantido mais recentemente a conformação desse grupamento de economias reputadas como promissoras ou “emergentes”, já em dezembro do ano passado,
OS BRIC CONSOMEM
Participação do bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia e China no total da demanda mundial (1)
· ALGODÃO 57%
· TRIGO 36%
· CARNE BOVINA 35%
· AÇO 32%
· GELADEIRAS 21%
· CELULARES 20%
· PETRÓLEO 18%
· ALIMENTOS 18%
· COMPUTADORES 17%
· VESTUÁRIO 14%
· AUTOMÓVEIS (2) 11%
Fontes: Euro monitor, International Iron and Steel Industry,
IDC, Mittal Steel,